Brasil assume a liderança em ranking de cirurgias plásticas

Brasil assume a liderança em ranking de cirurgias plásticas

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Brasil assume a liderança em ranking de cirurgias plásticas 10 6 99
Reportagem: Fernando Braga


Pela primeira vez, o Brasil superou os Estados Unidos e se tornou líder mundial na realização de procedimentos cirúrgicos estéticos, de acordo com relatório divulgado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps).Os dados, referentes a 2013, apontaram que o país foi responsável por 1,49 milhão de cirurgias no ano passado, 12,9% do total mundial, que foi de 11,5 milhões.

Desde 2009 o número de cirurgias plásticas no Brasil vem crescendo exponencialmente. Atualmente são feitas mais de 1.5 milhão de cirurgias ao ano, com isso ultrapassando o Estados Unidos no ranking internacional e se tornando o país que mais faz cirurgias plásticas no mundo.

Nestes números não estão apenas as cirurgias estéticas, mas também as reparadoras que apesar de serem minoria, constituem uma porcentagem representativa como por exemplo correções de doenças congênitas, aquelas doenças adquiridas antes do nascimento, e as doenças mutilantes como a hanseníase.

Entretanto a grande maioria são as cirurgias estéticas e a mais frequente hoje em dia é o implante de silicone. Porém, segundo o Eduardo Costa Teixeira, ex-vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esta é uma realidade que vem se alterando ao longo dos anos.

Ele acredita que o crescimento econômico do Brasil foi importante para o boom de cirurgia plásticas.

“Tem cada vez mais gente entrando nesse mercado, tem dentista fazendo toxina botulínica, fisioterapeuta fazendo laser, porque é natural, é a demanda. ”

“Há 20 anos atrás para cada 4 reduções nós colocávamos 1 prótese, hoje para cada 5 próteses nós fazemos uma redução. ”

A busca pelo padrão de beleza ditado pela grande mídia não é novidade, entretanto ele se altera ao longo do tempo pois podemos ver em filmes e até revistas masculinas que nem sempre a mulher de seios e quadril largos foram a prioridade.


A visão de fora

Em 2014, durante a Copa do Mundo do Brasil, a Adidas lançou camisetas especialmente para este evento que acabaram demonstrando a imagem da mulher brasileira, ou pelo menos seu estereótipo, internacionalmente. Uma mulher de biquíni com uma frase “Looking to score”, algo como “Querendo se dar bem, o outro parecia ser de trás de uma mulher. Para muitos, isso vai soar incrivelmente engraçado, mas é difícil rir quando você vive em uma sociedade que é tão machista como o Brasil.

Camisas produzidas pela Adidas em 2014
Todo ano o Brasil trava uma árdua batalha contra o turismo sexual, porém, em contrapartida, há por toda mídia um exagero na sexualização da mulher brasileira, principalmente no carnaval onde tudo que se vê neste período são bundas, como se toda nossa cultura se resumisse a isso. Dessa forma como podemos proteger as mulheres de visitantes estrangeiros se estamos capitalizando sobre este mito de nós mesmos?

Conversamos com Nicole Froio, jornalista freelance e blogueira feminista para discutir sobre sexualização da mulher brasileira. Quando perguntada sobre as camisetas da Adidas ela fez algumas críticas:
“Eu acho que a Adidas falhou a respeito disso, eles não pesquisaram nada sobre nossa cultura, eles só queriam vender produtos nas costas das brasileiras. Eu sinto que esse país foi construído nas costas da mulher brasileira em tantas maneiras e as pessoas não dão valor.“Nós temos tantas riquezas, se você for para Bahia eles têm tantas religiões afro brasileira, você vai encontrar baianas com suas roupas tão diferentes dos biquínis mostrados na mídia. Religiões afro brasileiras, produtos afro brasileiros e artesanatos você sabe, é incrível isso lhes daria muito dinheiro.”

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