De olho na Política: Lula lá de novo?

De olho na Política: Lula lá de novo?

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Reportagem: Luis Araujo

Lula vem se preparando para disputa eleitoral em 2018 mesmo sem anunciar candidatura oficial 

Quem assistiu ao vídeo divulgado na internet pelo Instituto Lula ficou impressionado. Na gravação de dois minutos aparece o ex-presidente praticando uma série de exercícios, desde caminhada na esteira até levantamento de peso, com a ajuda de personal trainers. Suado e sorridente, ele brinca com o próprio esforço: “Parece pouco, mas, para um velhinho como eu, está de bom tamanho”. Seu recado vai muito além dos cuidados com a saúde. O que fica claro (e, sem dúvida, deu origem ao vídeo) é que Luiz Inácio Lula da Silva está pronto para o que der e vier.

                                                                                     Reprodução/Instituto Lula
Lula fazendo exercícios
E se engana quem pensa que com a eleição de Dilma em 2014, os ânimos se acalmaram no Partido dos Trabalhadores. A sucessão de 2018 já mexe com a cabeça de alguns dos principais nomes do PT, entre eles: Lula.

O ex-presidente vem se articulando dentro de seu partido, buscando apoio e diversas reuniões semanais vem ocorrendo desde 2014 no Instituto Lula, seu escritório na capital paulista. Além de assessores, entre seus conselheiros estão os prefeitos Fernando Hadad e Luiz Marinho, os secretários municipais Alexandre Padilha e Arthur Henrique. As reuniões contam ainda com empresários do grupo Coteminas, do ex-ministro da Fazenda Fernando Palocci e do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.


Nas reuniões Lula conduz o debate se baseando em pontos que foram pilares em sua administração: desenvolvimento social, estabilidade, direitos humanos e política externa. O ex-presidente acredita que não pode disputar uma eleição sem propostas concretas e ainda não tem essas respostas. Nas reuniões ele pede que os conselheiros busquem soluções para os problemas enfrentados. Ele também ouve muitas reclamações sobre o atual governo e pedidos de intervenção junto a presidenta Dilma.


Segundo um interlocutor, Lula afirmou que não adianta pensar que o povo votará nele só porque decidiu se candidatar. Brizola era “Deus” nas eleições de 1989, mas em 1994 perdeu até para Enéas, disse Lula, que ficou em segundo lugar nas duas vezes.


O ex-presidente faz esse tipo de análise para pouquíssimas pessoas. Nas demais ocasiões, prefere usar o PT como sujeito. Costuma dizer que, se o governo não melhorar até 2018, será difícil para a sigla.

Segundo o petista, a população não vota por gratidão, olhando para o passado, mas, sim, de olho no futuro.

Pesquisa Datafolha

                                                                            Estado de São Paulo
Lula e Aécio devem ser rivais em 2018

Pensando já nessa disputa o Instituto Datafolha realizou uma pesquisa  para a sucessão presidencial de 2018. Na pesquisa em abril, Lula e Aécio Neves estão empatados tecnicamente, com pequena vantagem para o tucano.

Aécio teve 33% das respostas contra 29% de Lula. Logo em seguida, estão Marina Silva, com 14%, e Joaquim Barbosa, com 13%. Luciana Genro tem 2% da preferência e Eduardo Jorge, 1%. Não souberam responderam 3% dos entrevistados, e 6% responderam: "nenhum deles".

O instituto apresentava os nomes, e o eleitor deveria escolher apenas um. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistadas 2.834 pessoas em 171 municípios brasileiros. A sondagem foi feita nos dias 9 e 10 de abril.

Segundo essa pesquisa, a crise do governo Dilma Rousseff está abalando a imagem de Lula. Em menos de cinco anos, o número de brasileiros que o consideram o melhor presidente da História caiu 21 pontos percentuais. Em novembro de 2010, ele tinha 71% da preferência do eleitorado. Atualmente, ele tem 50%.

Já o presidente Fernando Henrique Cardoso avançou nove pontos percentuais nesse mesmo período. Foi de seis pontos, há cinco anos, a 15, em abril deste ano.Getúlio Vargas soma 6% das respostas. Dilma, 2%.

Em comício da campanha de Dilma em 2014, Lula fala sobre o futuro do país e das eleições de 2018.

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