Odeon reabre como Espaço Cultural

Odeon reabre como Espaço Cultural

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Odeon reabre como Espaço Cultural 10 6 99
Reportagem: Lucas Tavares Lessa

Após um ano fechado, o tradicional cinema do Centro volta com programação diversificada

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Nova fachada do Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro
No dia 20 de Maio, aos 89 anos, o tradicional Cine Odeon reabre após passar mais de um ano fechado para reformas em sua estrutura. Hoje, sobre o nome de Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, vai oferecer uma programação muito diferente da qual oferecia, focada em eventos culturais, como o 8º Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul.

       Lucas Tavares Lessa
Daniela Pfeiffer durante o Encontro de Cinema Negro
- Foi feita uma reforma, investimos 1,5 milhão de reais, trocamos sistema de iluminação, som e projeção - conta a gerente executiva Daniela Pfeiffer.

Desde  sua reabertura, a programação segue na contra mão do que a maioria dos cinemas apresentam. Sem apostar em superproduções Hollywoodianas, o Odeon traz diversas obras menos alvejadas pela grande massa, com especiais como o cinema negro e uma programação especial ligada ao filme Estrada 47. Quando perguntada sobre o impacto da programação no público do Odeon, Daniela afirmou: "Nosso foco é a programação diversificada, então vamos receber filmes do circuito comercial, mas também receber muitos eventos, amostras e festivais. A gente tem programação, todos os dias, um publico que trabalha no centro, e vem de outros bairros, em função da facilidade do metrô, e de todas as idades".

Programação Multicultural

No Centro Cultural, serão apresentados exposições, óperas, peças e shows musicais, além de grandes festivais já confirmados para serem sediados no lugar, como o Festival do Rio, de 1º a 14 de outubro, a oitava edição do Festival Varilux de Cinema Francês, de 8 até 13 de junho e o Anima Mundi, do dia 10 até 15 de julho.

Aberto em 1926 na Praça Floriano, no Centro do Rio de Janeiro, o Cine Odeon é o último sobrevivente de várias outras salas de cinema locais, como O Rex, O Vitória e O Parisiense, que inspiraram o nome Cinelândia para a área. E mesmo 90 anos após sua abertura, o Odeon mantém viva tradições a já abandonadas pelos cinemas atuais, sendo o único a empregar lanterninhas em suas salas, por exemplo.    

O dançarino Rafael Arah , frequentador antigo do cinema, falou da satisfação de poder ver atores negros em destaque e  diz que mesmo sem a presença majoritária de Hollywood na grade de filmes, as salas continuam cheias. "Eu já vim ontem, e tinha bastante gente, hoje também as sessões estão enchendo, então na prática, não está fazendo muita falta", disse ele.      

Entretanto, existem pessoas que ainda sentem a falta de melhorias mais visíveis na estrutura e organização do novo Centro Cultural, como a estilista Jane Gomes, que alegou problemas nas apresentações de filmes: "Eu vim para prestigiar o filme Jurema, de um amigo, Clementino Júnior, eu vim para prestigiar e deu drop out. Está muito difícil de assistir um bom filme de amigos por conta desses problemas. Espero realmente que a coisa se modifique nas próximas sessões para que o Odeon continue sendo o grande cinema que sempre foi para todos nós".

Você pode conferir as entrevistas completas nos vídeos abaixo:

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