Comemoração do dia mundial da enfermagem

Comemoração do dia mundial da enfermagem

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Comemoração do dia mundial da enfermagem 10 6 99
Reportagem: Lis Ribeiro

12 de maio é comemorado o dia Mundial da Enfermagem. Ele acontece desde 1965, quando foi decidido pelo Conselho Internacional de Enfermeiros. Essa data foi escolhida por ser o dia do nascimento de Florence Nightingale, que por muitos é tida como a “mãe da Enfermagem” ou fundadora da enfermagem moderna.

     Centre for nurse and midwife led research
Florence Nightingale
A história de Florence, inglesa, nascida em 12 de maio de 1820, começa em Florença, na Itália. No ano de 1844 decidiu ir para Roma, esperando aprender a cuidar de enfermos em irmandades católicas. Logo após acabar seus estudos, acreditando não ter aprendido o suficiente, resolveu prolonga-los em Dublin, Irlanda. Trabalhando em um hospital dirigido por irmãs de Misericórdia da Ordem Católica de Enfermeiras, começa sua jornada auxiliando os doentes. Participando como enfermeira nas guerras, como a da Crimeia (1853-1856), em 1860 resolveu fundar o que se tornou a primeira escola de enfermagem do mundo, num hospital inglês. Florence se dedicou até o fim da vida, até que aos 80 anos faleceu na Inglaterra.



Juramento da Florence:
“Juro, livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo a enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem confiados, respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar os ideais de minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições.” 

Enfermagem no Brasil

No Brasil, as primeiras intervenções à nível de enfermagem foram feitas por padres jesuítas, que nas Casas de Misericórdia foram atuantes desde 1540. Depois de quase três séculos, vieram para nosso país as chamadas irmãs de caridade enfermeiras. Mas, o maior destaque dessa área foi Ana Néry, que com 51 anos, depois de ver seus filhos indo para guerra (um por ser militar e o outro, estudante do 6º ano de medicina se oferecer para ajudar seu país) não aguentou e se tornou voluntária servindo como enfermeira na Guerra do Paraguai (1864-1870). Não medindo esforços e improvisando hospitais no atendimento aos feridos por cinco anos, Ana Nery retorna ao Brasil ovacionada e tem sua imagem colocada no Edifício do Paço Imperial. Recebeu inúmeras medalhas humanitárias. Faleceu em 20 de maio de 1880. Como homenagem a primeira Escola de Enfermagem no Brasil recebeu seu nome, em 1938. Tanto Florence quanto Ana Nery romperam com os preconceitos vigentes da época, onde as mulheres eram verdadeiras prisioneiras do lar.

“Assim a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica”.
Fonte: Anjos da enfermagem.org.br

O Dia do Enfermeiro veio para o Brasil pelo decreto no 2.956, de 10/8/1938, assinado por Getúlio Vargas. A profissão também é homenageada na Semana Brasileira de Enfermagem, de 12 a 20 de maio, quando Conselhos Regionais de Enfermagem promovem encontros e palestras, de acordo com o decreto no 48.202, de 12/5/1960, feito por Juscelino Kubitschek.

Enfermagem: a arte do cuidar

Profissão que exige amor, lida com pessoas que tem vida, história e precisam de cuidado e atenção. O enfermeiro deve, acima de tudo, ter paciência e profissionalismo para lidar com as situações adversas. Ainda hoje a profissão passa por provações pois ainda por uma grande massa de pessoas não é valorizada, seja por falta de conhecimento de sua importância ou pela hierarquia vigente dentro do hospital, o que limita certos passos do profissional. A tarefa do enfermeiro, dentre outras coisas, é assistir os doentes, com o objetivo de ajudar em sua recuperação. É um auxiliar direto do médico e cuida dos pacientes internados em hospitais e clínicas, além do atendimento domiciliar. Ele é também treinado para observar clinicamente cada doente, relatando qualquer mudança no seu estado de saúde.

Iracema Lima, enfermeira desde 2014 formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, de um jeito bem informal, fala da importância da enfermagem para a saúde:


Luta pelas 30 horas

De acordo com o site Portal da Enfermagem by Sérgio Luis,  “A luta pela jornada de trabalho de 30 horas para trabalhadores da área da saúde é uma reivindicação histórica. Algumas categorias profissionais da seguridade social já conquistaram essa jornada máxima, porém, há uma década a Enfermagem brasileira luta para aprovar o Projeto de Lei do Senado 2.295/2000, mais conhecido como PL 30 Horas, que estabelece a jornada máxima de 30 horas semanais para os enfermeiros/as, técnicos/as e auxiliares de enfermagem. Inclusive, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) da Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda esta jornada, argumentando que é o melhor para pacientes e trabalhadores da saúde do mundo inteiro. 

Tendo em vista que esta não é uma reivindicação meramente corporativa de defesa de privilégios, e sim de uma luta pelo estabelecimento de condições mínimas para o desenvolvimento de uma prática assistencial segura para profissionais e usuários dos serviços de saúde - já que é a única profissão que permanece na assistência durante as 24 horas, nos 365 dias do ano, sendo essencial na organização e funcionamento de todos os serviços de saúde, sejam eles públicos ou privados -, o Portal dedica este canal à informação atualizada sobre o PL 30 Horas. 

Hoje, o contingente de mais de 1,5 milhão de profissionais da Enfermagem, juntamente com as suas organizações representativas, solicitam aos senhores deputados federais que defendam a votação em plenário do PL 30 Horas".

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